
filme de culto da mais pura cinefilia
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A próxima sessão de culto* do Clube de Cinema Oito e Meio é com o filme de Michael Powell, o perturbador e magnifico PEEPING TOM (1960).
Para a sessão de culto, selecionei um dos filmes da minha vida.
Mais do que um Cult Movie "Peeping Tom" de Michael Powell é um filme da mais
pura cinefilia.
É possivelmente um dos filmes menos conhecidos do mundo, a não ser pelos cinéfilos e conhecedores da obra do cineasta Inglês, Michael Powell. Este filme de 1960 tem uma história sinuosa. Quando estreou na Inglaterra foi muito mal recebido e desgraçou a carreira do reputado realizador. Este acabou mesmo por emigrar para os EUA. Durante muitos e longos anos este filme andou perdido e nos EUA foi encontrada uma cópia nos arrumos de um velho cinema. Martin Scorsese, conhecido colecionador de filmes em pelicula foi notificado dessa descoberta do raro filme do cineasta que ele muito admirava, e entusiasmado restaurou essa cópia.
Na sua estreia em Londres a critica moralista arrasou completamente o filme e o cineasta, felizmente,agora passados 48 anos, temos a sorte de se ter salvado esta obra-prima do cinema para todos os actuais cinéfilos do mundo.
Este filme teve estreia em Portugal em 1961 (é estranho tendo em conta o regime da altura).
Vi o filme "Peeping Tom" a primeira vez há cerca de 20 anos. Em 8 de Junho de 2007 foi apresentado na Cinemateca Portuguesa uma excelente cópia restaurada pelo Bristish Film Institute (BFI, Londres). Fui rever esse filme da minha vida pela primeira vez em grande tela e ter a experiência e o sentir do CINEMA, como muito poucos filmes conseguem oferecer.
*sessão no Café, O Pátio no dia 7 Dezembro, domingo, pelas 22h
Ciclo de Filmes + Cult Movie
impressões digitais dos deuses
what color hides the pain? - cut one
que cor esconde a dor?
quelle couleur cache la douleur?
?qué color se esconde el dolor?
welche farbe verbirgt sich der schmerz?
UNPHOTOGRAPHABLE
A cerca de dez metros avisto-a. Tomo uma decisão repentina.
Tenho essa distância para tirar do bolso e à passagem lançar uma moeda.
Esta cai num estojo de viola para junto das poucas que lá estavam. A minha deveria ter sido de mais alto valor. A sorte não o permitiu. Nunca tinha lançado uma moeda aos homens-ou-mulheres-estátua. Desta vez, tive uma vontade urgente de ver uma estátua-humana a mover-se para outra posição. Depois da moeda cair, isso não aconteceu. A estátua, com aspecto de mimo, não reagiu. Nestes dois ou três segundos entre lançar a moeda enquanto andava e esperava um movimento, uma mudança de posição, observei o máximo que pude, para as moedas, para o corpo imóvel e para a sua face.
Num último instante, os seus olhos tristes e cansados, reviraram na minha direcção, foi o único movimento a que assisti. Olham-me e eu olho-os, sei que nos fixamos nesta fracção de segundo, a sua boca traça um esgar e ouço o som de uma palavra: obrigado.
A estátua diz-me obrigado. Foi o agradecimento mais digno que ouvi na minha existência. Tudo isto não durou mais do que quinze segundos, o tempo de percorrer aqueles dez metros, passar à frente da estátua-humana e lançar uma moeda.
Por aquela atitude senti um enorme respeito.
concerto de Leonard Cohen

Alinhamento:
Dance Me to The End of Love / The Future / Ain't No Cure for Love / Bird On the Wire / Everybody Knows / In My Secret Life / Who By Fire / That's No Way To Say Goodbye / Anthem / Tower of Song / Suzanne / The Gypsy's Wife / Boogie Street / Hallelujah / Democracy / I'm Your Man / Take This Waltz /
So Long, Marianne / First We Take Manhattan / Sister of Mercy / If It Be Your Will / Closing Time / I Tried to Leave You / Whither Thou Goest
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